Descolamento ovular, complicação da gravidez de Sabrina Sato
O problema, revelado pela apresentadora em um momento emocionante de seu programa, regride sozinho, mas traz riscos para o bebê.
Sabrina Sato comemora a espera de seu primeiro filho, mas ao mesmo tempo vive a preocupação de uma gravidez de risco. A apresentadora revelou em seu programa no sábado, 5, que tem um descolamento ovular, nome popular para o hematoma subcoriônico – e que por isso quase perdeu seu bebê.
Nesta condição, que afeta cerca de 5% das gestantes, sangue se acumula entre o saco gestacional, estrutura que precede a placenta, e o útero. “Isso acontece muitas vezes porque o saco gestacional não se implanta muito bem no órgão, então há uma ausência de contato que favorece o surgimento do problema”, explica Rodrigo da Rosa Filho, ginecologista e obstetra, diretor da clínica Mater Prime, em São Paulo.
O maior risco aqui é mesmo o término precoce da gestação, mas ele varia conforme o tamanho do hematoma. “Se o hematoma acomete mais de 50% do saco gestacional, há maior possibilidade de ocorrer um aborto”, aponta o obstetra. Na entrevista que foi ao ar, Sabrina Sato contou que ficou internada para observação e que os médicos disseram que havia 70% de perigo de aborto.
De onde vem e como tratar
O saco gestacional é a primeira estrutura formada depois que o embrião se implementa no útero. Por isso mesmo, o descolamento ovular só ocorre no início da gestação, até a 12ª semana. E, na maioria das vezes, o hematoma regride sozinho, conforme a gravidez avança. Até lá, o tratamento costuma envolver muito repouso, como ocorreu com a apresentadora da Record. “Se o descolamento for grande, é preciso fazer repouso absoluto, do contrário, ele pode ser apenas relativo”, comenta Filho.
Em alguns casos, o médico pode ainda receitar hormônios, pois um desbalanço neles pode estar por trás do problema. Que, aliás, tem origens ainda misteriosas. “As causas ainda não estão bem estabelecidas, mas há suspeitas, como o próprio desequilíbrio hormonal e o excesso de exercícios físicos”, explica o especialista.
Diagnóstico e sintomas
O mais comum é que ocorram sangramentos. “Eles podem ser mais escuros ou mesmo vermelho vivo, o que costuma assustar as mulheres, que chegam ao hospital achando que já perderam o bebê”, aponta o médico. A cólica também pode surgir, mas há chances da gestante não apresentar sintoma nenhum.
De qualquer maneira, é o ultrassom que enxerga o hematoma e acompanha sua evolução, que, como vimos, tende a ser tranquila. Ah, vale dizer que o quadro não deve ser confundido com o descolamento de placenta, que ocorre mais para o final da gestação e não está relacionado ao hematoma subcoriônico.
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