Descolamento de Placenta
Grávida, apresentadora Eliana se afasta da TV e relata descolamento de placenta; entenda o caso
A complicação atinge cerca de 15% das gestações e requer cuidados essenciais.
Recentemente, a apresentadora Eliana surpreendeu ao anunciar a antecipação de sua licença-maternidade por causa de um descolamento de placenta. “Sei que não depende só da minha vontade e do meu esforço. Mas farei o impossível para salvar minha filha de um parto extremamente prematuro”, disse a artista, em um vídeo publicado nas redes sociais. Mas o que é esse problema?
Em primeiro lugar, é importante dizer que não há uma causa específica para o surgimento do quadro. No entanto, hipertensão, quedas, exercícios de impacto e excesso de líquido amniótico podem contribuir para que a placenta descole do útero, prejudicando, por exemplo, a chegada de oxigênio e nutrientes ao bebê. “Mulheres que já tiveram o descolamento estão mais propensas a sofrer novamente com essa condição em futuras gestações”, ressalta o ginecologista e obstetra Eduardo Zlotnik, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.
O obstetra Belmiro Gonçalves Pereira, professor da Unicamp e presidente da comissão de gestação de alto risco da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), explica que o problema a que Eliana se refere não é o que a medicina conhece como o descolamento clássico de placenta.
A placenta é responsável por nutrir e fornecer oxigênio ao bebê pelo cordão umbilical, fazendo interface com a circulação sanguínea materna.
Se o descolamento for parcial, o recomendado é conciliar repouso absoluto e medicamentos que evitam as contrações uterinas. A reposição do hormônio progesterona também pode ser recomendada para relaxar o órgão, impedindo que o quadro piore. Nos casos mais graves, que geralmente ocorrem no segundo ou terceiro trimestre da gravidez, é necessário fazer um parto de emergência. “Porém, a maioria dos casos tem final feliz e sem sequelas”, tranquiliza Zlotnik.
Mais recentemente, o avanço da ultrassonografia tem permitido a identificação de pequenos descolamentos entre a placenta e o útero, que não cortam o fornecimento de oxigênio e nutrientes ao bebê, mas podem evoluir para um descolamento maior e, por isso, são motivo de preocupação.
Nesses casos, que costumam acontecer entre a 28ª e 32ª semanas de gestação, é recomendado o repouso, para que a criança possa continuar se desenvolvendo.
Nessa situação, os médicos costumam acompanhar a situação da placenta com exames de ultrassom, até chegar o momento adequado para o parto. Para esses pequenos descolamentos, explica Pereira, a medicina ainda não identificou fatores de risco.
Fonte: Saúde Abril e Bem-Estar
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