Aconteceu na noite de sexta-feira, dia 30 de agosto, no Restaurante Bistrô, o II Fórum Ginecologia – Endometriose Profunda, que contou com a presença do especialista em ultrassonografia, Dr. Kléber Chagas, do ginecologista especialista em endometriose, Dr. Carlos Lino, e da Dra. Milena Brito, ginecologista e doutora em anticoncepção. O evento, organizado pela Sonnar e patrocinado pela Bayer, teve o objetivo de discutir mais sobre o diagnóstico e tratamento desta doença. Segundo o médico ginecologista da Sonnar, Dr. Clodoaldo Cadete, que esteve à frente da organização do Fórum, o evento faz parte de um programa de educação médica continuada: “A doença não é nova, mas a discussão sobre ela, sim. O diagnóstico é difícil de ser feito, não é todo médico que realiza o tratamento também. Então precisamos pensar sobre este assunto, discutir, trocar ideias, conhecimento e novidades sobre o tema”. Para ele, a oportunidade serve para promover uma integração e intercâmbio entre toda a comunidade médica conquistense. De acordo com Dr. Kléber Chagas, o principal objetivo do evento é divulgar a doença que é relativamente nova de diagnóstico, por meio de técnicas avançadas e ultrassom especializada para esse tipo de investigação. “A doença profunda leva de sete a dez anos para se instalar, então, vai depender muito da idade menstrual, assim, as adolescentes que apresentam cólicas menstruais progressivas devem ser chamadas a atenção e avaliadas mais de perto porque elas podem vir a desenvolver a doença profunda”, alerta o médico sobre a relevância do diagnóstico precoce da doença. Conforme Dr. Carlos Lino, é importante fazer uma avaliação criteriosa da imagem para verificar as melhores alternativas de tratamento. “Para isso é fundamental contar com uma equipe multidisciplinar capacitada e treinada. Contar com o auxílio de profissionais como nutricionista, psicólogo, fisioterapeuta, médico da dor, além do ginecologista e do ultrassonografista faz toda a diferença na precisão do diagnóstico e na qualidade do tratamento”, recomenda. Para Dra. Milena Brito, o tratamento ideal é aquele que deixa a mulher com boa qualidade de vida, mantendo-a sem dor e principalmente, que possa preservar a fertilidade. “Em alguns casos, o tratamento é clínico com bloqueio hormonal e em outras situações é clínico e cirúrgico, concomitantemente”, avalia. Durante o evento, os especialistas abordaram ainda, através de imagens por meio de tomografias, fotos e vídeos de cirurgias, casos avançados da doença, a fim de mostrar ao público a importância de um diagnóstico precoce e preciso, bem como, um tratamento adequado, seja com o uso de medicamentos que diminuam a dor ou com tratamento cirúrgico especializado. Endometriose O endométrio é a camada de tecido composto por glândulas e estroma, que recobre internamente a cavidade do útero, sendo responsável pela menstruação quando descama ao final de um ciclo menstrual. A endometriose é uma importante doença ginecológica caracterizada pela presença de tecido semelhante ao endométrio fora do útero, ou seja, em qualquer outro lugar do corpo. Especialistas afirmam que a endometriose vem se tornando um problema de saúde publica. Acredita-se que, atualmente, no Brasil, cerca de seis milhões de mulheres tenham a doença. Muitas vezes silenciosa e de diagnóstico tardio, a endometriose pode levar a sequelas como infertilidade e à dor pélvica crônica.